domingo, 13 de maio de 2012

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.

(Manuel Bandeira)


'No dia de ontem, declamaram esta poesia
A qual eu não conhecia
Até me emocionei
Uns dos gestos mais sinceros que eu conheço
É compartilhar o que se guarda no peito'





terça-feira, 24 de abril de 2012

Sonho de menina


Sonhei novamente aquele sonho de menina
Escondida atrás da porta, com medo da verdade, talvez
De longe avistei aquele olhar, que debaixo daquela preta cartola
Gargalhou e me deixou
O tempo passou e não me restou nada além de amar

Sonhei novamente aquele sonho de menina
Que vontade de chorar, de saudade do teu olhar
E ao lembrar-me do teu sorriso, chorei por você me deixar
 E sem saber o teu nome, na cama sozinha
O tempo passou e o amor não me encontrou

Sonhei novamente aquele sonho de menina
Teu olhar enigmático quis me encontrar
Teu sorriso pragmático quis gritar
O tempo passou e o amor me encontrou
Para compartilhar o que na verdade você me ensinou

 
temas blogspot - mario jogos